28 de março de 2017

Na Memória


Você apagou. Esqueceu cada lembrança de nós dois. Talvez seja o único mecanismo que você conhece, que te faz me apagar da sua vida. Pode ser que desse jeito aquelas sensações que provoquei em ti desapareçam. Pode ser que desse jeito você esqueça de vez, como era me beijar. Talvez fazendo essas coisas, seja como se jamais tivesse me amado em toda a sua vida.

Não querer lembrar, agir como se não tivesse significado nada, é como perder a memória. E eu fico sem entender porque você prefere esquecer aqueles que foram os momentos mais felizes da nossa história. Eu não quero esquecer a imagem que tenho na memória, de você todo molhado na minha porta, me trazendo uma aliança, querendo mostrar pro mundo que queria se comprometer comigo. Não quero esquecer cada vez que me consolou, que enxugou minhas lágrimas e até quando você chorou.

Porque eu iria desejar esquecer cada moedinha que a gente contou, cada vez que caminhamos a pé, cada música que cantamos juntos ou cada "eu te amo" que você me disse? Foram meus dias mais felizes e eu nunca quis que eles tivessem fim. Acho que você tá aí do outro lado, pode ser que não ligue, não se importe ou que minhas palavras não provoquem nenhum tipo de sentimento em ti. 

Ah se eu pudesse, se tivesse a possibilidade de voltar no tempo, de desfazer as escolhas erradas, de congelar os bons momentos. Eu voltaria pra aquele dia, em que ficamos tranquilos, abraçados na sua cama, aconchegados um no outro, nosso último sábado juntos. Você, sentindo o cheiro do meu cabelo e beijando a minha nuca. Eu, encolhida, com lágrimas nos olhos, porque lá no fundo sabia que talvez fosse nossa última vez juntos. 

Mais uma madrugada lembrando, sentindo tua falta, precisando ouvir sua voz, a voz que me acalmava, que me trazia paz. Ainda estou sem entender porque você me apagou, e de algum jeito me silenciou. Aonde foi parar todo aquele amor? Infelizmente eu não sei usar o mecanismo de deixar de gostar, de deixar de te amar. Não conheço o esquecer, quando na verdade eu sempre quis foi viver todos os dias da minha vida com você. 

Teus Sabores




Ei, lembra daquele dia em que eu te chamei pra almoçar aqui em casa? Pra você foi só uma questão de aceitar ou não, pra mim foi mais um lance de limpa/arruma, cozinha/queima e lava/enxuga. Acordei cedinho, dei aquela organizada básica na casa, limpei tudo e comecei a melhor parte, cozinhar pra você.

Lógico que eu sou uma cozinheira das bem básicas, e você sabe que eu só sei cozinhar 5 tipos de pratos. Mas fique você sabendo, que os melhores purês que eu faço são pra você, e o último feijão preto que eu fiz foi o do nosso último almoço juntos. Temos todo um ritual, eu lavo a louça e seco, você vem devagar por trás e me dá aquele abraço gostoso, pra compensar a sua preguiça na cozinha.

Não tem coisa mais gostosa do que almoçar contigo naquele sofá velho, assistindo episódios repetidos de The Big Bang Theory, um jeito só nosso de passar um tempo juntos. Hoje eu fiquei lembrando dos nossos cochilos no sofá e de como a gatinha que adotamos gostava de brincar com a gente bem nos momentos em que inventávamos de namorar.

Eu fico sentindo os cheiros, sentindo os sabores, até hoje. Aquela ansiedade gostosa que era te esperar, te ter comigo por um tempo só nosso, poder te olhar nos olhos e perceber que você queria estar ali comigo. Sabe, ainda hoje sinto a falta que você faz na minha vida, nos meus almoços, nas minhas maratonas do Netflix, no meu sofá, nos meus braços.

Pode ser que você esteja em qualquer lugar, mas será que daí onde está, não sobrou nenhum pouquinho de vontade que fosse, de dar replay em tudo isso? Só eu que sinto falta de você, ou aí dentro de ti tem um pouquinho de nós? Fique sabendo que aprendi receitas novas, só pra te pegar pelo estômago e fazer você querer repetir, os pratos, os beijos, os abraços e o nosso tempo.

4 de fevereiro de 2017

Sobre ele

   

Ele nem sabe, mas tem um olhar risonho. Os lábios dele são o termômetro do seu humor, se muito cerrados, querem dizer que ele está chateado; se estiverem relaxados, então pode ter certeza que ele está despreocupado.
A voz dele é suave, mas pode te assustar em momentos de raiva. Ele tem pele macia, uma espécie de convite ao abraço, e de abraços ele entende, porque os seus são os mais quentes. De algum jeito nossas mãos se atraem como um ímã, elas gostam de se entrelaçar.

Esse cara é como um grande ponto de interrogação em negrito, e na maioria das vezes eu sinto vontade de questioná-lo. Ele tem uma capacidade, mesmo sem intenção, de despertar minha curiosidade, a minha saudade. Mal sabe ele, que eu tento ler seus pensamentos. Será que ele tem arrependimentos?

Tenho na memória lembranças desse alguém cheio de firmeza, o cara das certezas. E como eu admirava a coragem dele, do tipo que enfrentava tudo. Ele diz às vezes, que não precisa, mas adora quando é surpreendido. Quando ele parece estar todo decidido, é nesse momento que está mais perdido.

O seu amor é diferente, complicado de explicar, e difícil de entender. Seu humor sempre foi estranho, mesmo assim conseguia tirar de mim um sorriso ou dois. Será que ele se sente sozinho? Já pensei se em sua solidão, ele pensa em nós dois; se desejou estar comigo, ou se prefere que a distância e o esquecimento nos separem.

A saudade me bagunça, e ele nem sabe. Sinto falta daquela voz que era suave quando queria, e que tinha uma habilidade de trazer paz. As coisas irritantes nele também fazem falta, como usar repetidamente a palavra, “mas” com um sotaque paulista em todas as frases possíveis.

Eu valorizei cada pedacinho dele, guardei pra mim cada palavra, cada cheiro, cada emoção que ele provocava. Mas será que ele pensa assim também? Esse cara conhece e ama meus detalhes como eu conheço e amo os dele? Porque eu... Ah, eu o tenho amado e me importado.

Onde ele está, como anda sua vida? Eu não sei. O que ele sente, o que pensa de nós? Eu não sei mais. Hoje eu quis vê-lo, quis rir com ele. Ele não liga, mas eu ainda o amo, mesmo de longe, sigo desejando o seu bem. Só queria te dizer, que ontem e hoje eu sonhei com você. 

22 de abril de 2013

Sem Restrições




Eu não consigo me satisfazer com restos. Com as sobras da sua atenção, da sua disposição, do seu carinho, do seu bom humor que acaba se transformando em mal humor, e muito menos do que resta do seu amor!

Será que você não consegue perceber os sinais que eu te dou? Você não percebe a minha tristeza e insatisfação diante da nossa situação? Não sou do tipo de mulher que consegue disfarçar tristezas e infelicidade. Eu te quero por inteiro, nunca fui do tipo que topa passar por qualquer situação só pra ter alguém do lado. Prefiro a sua sinceridade e franqueza.

Não gosto de rodeios, vai por mim, a gente não precisa disso. Deixar assuntos inacabados não é do meu feitio. Precisamos resolver nossas diferenças, colocar tudo em pratos limpos. Só quero que você entenda que tenho sentido a sua falta. Digamos que você me acostumou mal, me acostumou a muito amor.

Não tenho mais você pra me ouvir dizer que a noite está linda, e que a vista da lua daqui da sacada é incrível. Não tenho mais você pra me levar pra um programa só nosso, pra andar de mãos dadas sem ter hora marcada pra isso.

Esse tempo era bom. Tempo em que eu não precisava dividir você com mil e uma pessoas e compromissos. A gente se fala, a gente conversa sobre tudo e sobre todos. Mas o que eu queria mesmo é que um dia a conversa fosse sobre nós.

Tudo começa com paixão disfarçada de amizade, depois se transforma em costume e você se habitua a ter a pessoa do seu lado. Eu não quero que você se acostume, eu quero que você me ame, que você me queira como nunca antes.

Por favor, só entenda que sinto falta de “nós”. Só quero poder te ter por inteiro, sem restrições. Nossa história merece bem mais do que temos feito por ela.



12 de fevereiro de 2013

Voltar pra você





Sei que já é tarde da noite, mais continuo deitada em minha cama, enrolada no meu edredom florido e olhando para o teto do meu quarto. O nosso último encontro não me sai da mente. Já tentei dormir ou pensar em outras coisas, mais todas as minhas tentativas são vãs.


Como alguém conseguiria pregar os olhos depois de ter passado o dia e a noite com aquele que seria o amor da sua vida? Lembrar nossos momentos juntos me trás todos os sentimentos e sensações à tona novamente.


Você me deixando em casa lá pelas 23 horas, o frio costumeiro, você me oferecendo o blusão preto que estava vestindo... Poderia ter recusado me fazendo de durona e dizendo que não estava sentindo frio, mais nunca nessa vida eu rejeitaria uma gentileza assim da sua parte e pensando bem, eu ia adorar ficar com o seu cheirinho.


Andávamos sem pressa, enrolávamos o máximo que podíamos. A verdade é que só queríamos prolongar esse nosso momento juntos. Ríamos durante o caminho todo, falávamos de assuntos que pra muitos não teriam a menor graça, mais para nós dois a opinião de terceiros não tinha a menor importância.


Confesso que quando chegamos ao portão da minha casa, me bateu uma tristeza. Não queria de maneira nenhuma dizer adeus, eu queria estar com você, ter sua companhia. Eu já estava com a chave da porta em minhas mãos, não queria fazer barulho pra não acabar acordando minha família.


A escuridão atrapalhava minha visão, eu te chamei pra perto e disse “xiiiiii”, pressionando meus lábios com meu dedo indicador. Você se aproximou pensando que eu fosse te dizer algo importante, mais eu não disse palavra alguma, te dei um beijo. Um beijo leve, beijo dado por quem tinha medo da distância, beijo dado por mim, que achava que não teria outra oportunidade.


Jamais vou me esquecer daquele momento, de você se escorando no carro que tinha na garagem da minha casa, dizendo que o beijo que eu te dei tinha meio que dado fraqueza nas suas pernas e que você sentia frio na barriga. Escorriam lágrimas dos seus olhos e você estava de cabeça baixa, tentando evitar que eu te visse assim, fragilizado.


Compartilhávamos dos mesmos sentimentos. Também chorei. Chorei porque te amo, porque não é justo pessoas que se amam ficarem distantes. Não é justo eu ficar longe de você, ainda mais agora que estamos apaixonados!


Você viu meu desespero e o quanto isso tudo me abatia. Segurou minhas mãos, me puxou pra perto, me envolveu com seu abraço e disse olhando nos meus olhos que eu era tudo o que você sempre sonhou e o quanto me amava. Naquele momento eu senti que distância alguma mudaria nossos sentimentos, não importava onde fossemos.


Ouvir isso tudo de você, saber que me esperaria e que nós viveríamos a nossa história de amor foi tão reconfortante, me deu esperança. Um “eu amo você” é pouco pra expressar o que eu sinto. Eu estou aqui, sem conseguir dormir, olhando para o teto do meu quarto e reprisando na minha mente as nossas cenas, como uma forma de reviver tudo aquilo de novo. Não é assim que dizem: “recordar é viver”?


Vou embora, na certeza de que quando eu retornar, você vai estar na rodoviária ansioso por me abraçar, louco pra me dar um beijo e para dizer que você contava os dias e as horas para me ver.


4 de fevereiro de 2013

Lembranças


Você já se sentiu inseguro alguma vez? É que eu acho que estou insegura em relação a algumas coisas na minha vida. Mais deve ser normal né? Quem nunca sentiu que não era bom o bastante em alguma coisa na vida?

Quem precisa de livros de alto ajuda quando se tem amigos que vivem te lembrando que você é capaz e que não pode esquecer em hipótese alguma o quanto é linda e interessante, e que pessoa nenhuma tem o direito de te diminuir!

O problema é que eu estou com medo. Medo de não conseguir mudar, de não conseguir acertar, medo de decepcionar quem amo. Medo de não ser o bastante. Deus sabe que eu quero fazer o certo, espero que ele me ajude nisso. Tenho tido muito tempo pra pensar na vida, acho que eu precisava dar uma pausa, isso tem até me feito bem. Às vezes é preciso nos afastar, pra nos lembrar como éramos antes e vermos o que precisa ser melhorado.

Fico trêmula só de imaginar o nosso reencontro. Estou certa de que vou gaguejar, eu sempre me atrapalho toda quando te vejo. Você tem o dom de mexer com os meus sentidos, mais sabe, eu até gosto da sensação que dá.

Eu sou uma boba mesmo! Você nem está online e eu estou aqui falando como se estivesse lendo tudo o que eu escrevi pra você. Viu você desperta isso em mim. Essa vontade de falar o que eu estou sentindo, de dividir meus pensamentos com você, ainda que sejam bobos.

Nossa, que coisa louca, me arrepiei toda agora. Lembrei daquela noite em que você me acompanhou até em casa. Estava tão frio, andávamos um ao lado do outro, e eu reclamei que estava quase congelando de frio. Lembro bem de você usando esse pretexto pra dizer: “vem cá, me abraça que eu te esquento”. Foi tão mágico! Naquele momento eu tive toda a certeza de que esse era o lugar onde eu deveria estar. Nos seus braços.

Eu sinto falta de tudo isso, nós dois juntos, das bobeiras das quais só nós achamos graça, de jogar vídeo game juntos. Eu faria qualquer coisa pra que esses momentos voltassem. Espero que não seja tarde demais pra voltar atrás. Pra pedir desculpas.

Eu queria tanto que essa insegurança fosse embora de vez, eu queria poder te ter outra vez. Queria poder te chamar de meu amor. Eu sei que você não está online e que tomamos rumos diferentes, mais é que eu não conseguiria dormir em paz sem ao menos te escrever dizendo que sinto saudade de nós, daquilo que um dia chamamos de amor.


22 de outubro de 2012

Ele não se decide!



É frustrante, pra não dizer “trágico”, quando você se relaciona com um cara que não tem poder nenhum de decisão! Não que a iniciativa tenha que ser sempre masculina, mais é que nós mulheres sempre esperamos que o homem da relação decida as coisas, ou ao menos nos dê alternativas pra gente escolher o que fazer, o que comer, ou aonde irmos quando estivermos juntos.

Dê uma espiadinha nos 3 tipos de namorados indecisos dos quais eu me lembrei:

1º Tipo de namorado indeciso: O que nunca sabe de nada

No começo do namoro esse tipo de namorado indeciso nem irrita tanto, mais depois de certo tempo a indecisão dele começa a te tirar do sério. Um exemplo disso é a seguinte situação que eu ouvi de uma pessoa próxima de mim: Vocês dois vão tomar sorvete, e na hora de se servir, ele fica indeciso, e passa um tempão tentando decidir se coloca duas ou três bolas de sorvete! Poxa, se você passa 300 horas (que exagero da minha parte) tentando decidir quantas bolas de sorvete comer, como é que você vai decidir se é melhor a gente morar em casa ou apartamento, se a gente compra um poodle ou um fica com um vira-lata mesmo... Aff.

2º Tipo de namorado indeciso: O que nunca sabe aonde ir com você

Esse é o que mais me tira do sério. Você espera a semana toda pra ver seu gatinho e quando chega o fim de semana e vocês se veem, você, como qualquer namorada, quer ser surpreendida. Resumindo, quer que ele te leve pra passear em algum lugar bonito, ou simplesmente te leve pra comer alguma coisa bem gostosa que vocês dois curtam muito. O problema é que o cara fica se perguntando e respondendo as próprias perguntas o tempo todo: “Será que ia ser legal a gente ir ao shopping lanchar? Ah, mais no shopping é tudo muito caro! Bem que a gente podia ir à praça né? Ah, mais lá tem muita muvuca! Que tal a gente ir comer um sanduíche lá na lanchonete tal? Ah mais é longe pra caramba né! Já sei, vamos ficar em casa mesmo”... Brochante!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! 

3º Tipo de namorado indeciso: O que realmente nunca decide porcaria nenhuma

Esse é realmente lamentável, porque você deixa de ser namorada pra ser praticamente a mãe do cara! Você é quem escolhe o que ele vai vestir, as roupas que ele tem que comprar, o curso que ele tem que fazer, o lugar aonde ele tem que ir, os horários dos compromissos e por aí vai. O cara é um total e completo namorado pamonha! Meninos, a garotas não gostam de caras assim, #FicaDica...


Vamos combinar assim, eu sou a mulher da relação e você é o HOMEM? Então tenha atitude e  haja como um, beleza?